top of page
Buscar

“O exame de próstata mudou? Novas tecnologias e menos tabu”

Atualizado: há 6 dias

Por Dr. João Marcos Ibrahim – Urologista | Cirurgia Robótica

Durante décadas, o exame de próstata foi associado a um grande tabu, principalmente por envolver métodos considerados invasivos. Felizmente, a evolução da medicina trouxe não apenas novas tecnologias, mas também uma mudança cultural importante: hoje, cuidar da saúde prostática é sinônimo de qualidade de vida e prevenção.

O que mudou?

Tradicionalmente, o exame físico (toque retal) era a principal forma de avaliação da próstata. Embora continue sendo um método seguro e eficaz, atualmente ele é apenas uma parte do diagnóstico. A incorporação de exames complementares trouxe mais precisão e conforto ao paciente.

Entre as principais mudanças, destacam-se:

  • Exames de imagem avançados: A ressonância magnética multiparamétrica permite avaliar a próstata com alta definição, identificando áreas suspeitas sem procedimentos invasivos iniciais.

  • Biópsias guiadas por imagem: Quando necessário, a coleta de tecido é feita com maior precisão, reduzindo riscos e aumentando a assertividade do diagnóstico e reduzindo as complicações, com o uso da Biópsia Transperineal de Próstata com fusão de imagens, sem riscos de infecção para o paciente e recuperação mais precoce.

  • Marcadores moleculares e testes genéticos: Hoje é possível avaliar o risco individual de câncer de próstata com base em características genéticas, tornando a prevenção personalizada.

Menos tabu, mais prevenção

A conscientização também evoluiu. Campanhas como o Novembro Azul reforçam que o cuidado com a próstata não é apenas sobre o câncer, mas sobre a saúde integral do homem. Detectar alterações precocemente significa tratamentos menos agressivos e maior chance de cura.

O papel da cirurgia robótica

Para casos que necessitam de intervenção, a cirurgia robótica trouxe um novo padrão de tratamento. Com tecnologia de ponta, é possível realizar procedimentos minimamente invasivos, com menor dor, recuperação mais rápida e preservação da função urinária e sexual.

Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata apresenta índices de cura de até 90%, e, se a cirurgia robótica for utilizada nesses casos, conseguimos preservar a continência e manter a ereção em até 98% e 97%, respectivamente. 

Conclusão:O exame de próstata mudou porque a medicina mudou. Hoje, temos recursos que unem precisão, conforto e segurança. O mais importante é quebrar barreiras culturais e entender que prevenção é cuidado – e cuidado é qualidade de vida.

Comentários


WHATS.png
bottom of page