“O exame de próstata mudou? Novas tecnologias e menos tabu”
- Dr. Joao Marcos Ibrahim - Urologista - Cirurgia Robótica

- 17 de nov.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 6 dias
Por Dr. João Marcos Ibrahim – Urologista | Cirurgia Robótica
Durante décadas, o exame de próstata foi associado a um grande tabu, principalmente por envolver métodos considerados invasivos. Felizmente, a evolução da medicina trouxe não apenas novas tecnologias, mas também uma mudança cultural importante: hoje, cuidar da saúde prostática é sinônimo de qualidade de vida e prevenção.
O que mudou?
Tradicionalmente, o exame físico (toque retal) era a principal forma de avaliação da próstata. Embora continue sendo um método seguro e eficaz, atualmente ele é apenas uma parte do diagnóstico. A incorporação de exames complementares trouxe mais precisão e conforto ao paciente.
Entre as principais mudanças, destacam-se:
Exames de imagem avançados: A ressonância magnética multiparamétrica permite avaliar a próstata com alta definição, identificando áreas suspeitas sem procedimentos invasivos iniciais.
Biópsias guiadas por imagem: Quando necessário, a coleta de tecido é feita com maior precisão, reduzindo riscos e aumentando a assertividade do diagnóstico e reduzindo as complicações, com o uso da Biópsia Transperineal de Próstata com fusão de imagens, sem riscos de infecção para o paciente e recuperação mais precoce.
Marcadores moleculares e testes genéticos: Hoje é possível avaliar o risco individual de câncer de próstata com base em características genéticas, tornando a prevenção personalizada.
Menos tabu, mais prevenção
A conscientização também evoluiu. Campanhas como o Novembro Azul reforçam que o cuidado com a próstata não é apenas sobre o câncer, mas sobre a saúde integral do homem. Detectar alterações precocemente significa tratamentos menos agressivos e maior chance de cura.
O papel da cirurgia robótica
Para casos que necessitam de intervenção, a cirurgia robótica trouxe um novo padrão de tratamento. Com tecnologia de ponta, é possível realizar procedimentos minimamente invasivos, com menor dor, recuperação mais rápida e preservação da função urinária e sexual.
Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata apresenta índices de cura de até 90%, e, se a cirurgia robótica for utilizada nesses casos, conseguimos preservar a continência e manter a ereção em até 98% e 97%, respectivamente.
Conclusão:O exame de próstata mudou porque a medicina mudou. Hoje, temos recursos que unem precisão, conforto e segurança. O mais importante é quebrar barreiras culturais e entender que prevenção é cuidado – e cuidado é qualidade de vida.




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